A “dramédia” conta a história de Alice Hyatt, que aos 35 anos se vê viúva (depois de perder o marido em um acidente) e tendo que criar sozinha o filho Tommy. Lutando para sobreviver em uma cidade pequena, Alice decide dar uma virada na vida: parte com o filho em busca da realização de dois sonhos que remetem à sua infância, de preferência os dois ao mesmo tempo: trabalhar como cantora e voltar para a cidade onde cresceu.
Esbarrei com Alice Não Mora Mais Aqui na TV e decidi dar uma chance, naquela costumeira busca por um filme-ternurinha que me agrade (e volta e meia acabo me surpreendendo com experiências mais intensas do que suas premissas). Não sabia nada, só que e que foi o filme que o Scorsese fez antes da obra-prima Taxi Driver (cuja violência contrasta com a ternura deste: o mestre Scorsa é um diretor versátil).
Ellen Burstyn, vencedora do Oscar pelo papel, é a força que sintoniza todo o resto e o coração que nos conduz nesta jornada: sua multifacetada Alice é divertidíssima e extremamente humana. Por ela, o filme discorre sobre a importância de seguir seus sonhos, mesmo que você ainda não saiba quais são eles.
O elenco é uma preciosidade à parte: Diane Ladd consegue roubar a cena em alguns momentos como a desbocada Flo, Harvey Keitel em uma performance ~from hell~, Kris Kristofferson de galã (e como ele era charmoso, eita) e a pequena Jodie Foster já mostrando talento desde cedo (2 anos antes de surpreender em Taxi Driver). Para fechar, o estreante Albert Lutter (que não teve uma longa carreira por opção própria [ou não]) como o impagável filho rebelde de Alice.
Cativante obra de um mestre versátil, Alice é uma bela jornada sobre a imprevisibilidade da vida (que não é feita só de tropeços, mas também constroi surpresas agradáveis), a felicidade nas pequenas coisas e a oportunidade incomparável de encontrar o amor. Filme desde já guardado no coração.
Postado por Gabriel Billy em 17/01/2013
http://diasdecinefilia.tumblr.com/post/40774217603/alice-nao-mora-mais-aqui
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